Fale um pouco sobre o evento de Harvard que você está participando.
O evento reuniu países da América Latina, Europa e Estados Unidos, com o objetivo de trocar experiências e debater temas importantes para educação global, com foco na primeira infância. A reunião foi organizada pelo PROLEER, formado por um grupo comprometido de pesquisadores, profissionais e formuladores de políticas que se esforçam para melhorar o aprendizado de idiomas e alfabetização entre crianças pequenas que frequentam a escola pública.
Qual a temática que você trabalhou na palestra proferida?
Falamos eu e a Nicole Paulet, ex-aluna de Harvard e diretora do Laboratório de Educação, sobre experiências na educação infantil do Estado do Maranhão sob o regime de colaboração entre a rede estudal e redes municipais.
Além de ser Gestora de Educação em uma Secretaria de Estado, você é pesquisadora e professora de Instituições de Ensino Superior, como a FFI e está sempre em busca de aprofundar ainda mais os ideários da pedagogia brasileira. Na sua opinião, qual é a importância para pesquisadores na área da educação dessas oportunidades de intercâmbios com docentes e pesquisadores de outras instituições, em outros países?
Considero como grande valia, notadamente pelo compartilhamento de experiência e reflexão sobre desafios. É interessante vermos que outros países têm desafios similares aos do Brasil e do Maranhão, por exemplo. Ao mesmo tempo, podemos constatar a grandiosidade do trabalho dos profissionais do nossos país. Há muitas conquistas já consolidadas na política educacional brasileira que são inspiração para outras nações. Além disso, momentos de aprendizado fortalecem a nossa prática pessoal, seja na gestão ou na sala de aula.
Quais temas estão em debate no evento que você está participando?
Aqui discutimos e refletimos sobre o desenvolvimento e aprendizagem das crianças na educação infantil. E demandas atuais como a escolarização de crianças imigrantes e multilinguismo. Isso pensando inclusive nos países com comunidades indígenas, com Brasil e Peru, e a valorização das diversas linguagens e da diversidade cultural. De fato uma experiência singular que pretendo levar para o Brasil e partilhar nos meus lugares de atuação.